Hoje comemoramos o dia dos pais, e eu não poderia deixar de falar sobre,
principalmente tratando-se do MEU PAI!
Sempre penso no grande amor de meu pai, e consequentemente de minha mãe, e nesse misto de sentimento escrevo; e, hoje os homenageio em lembranças...
O que descrevo hoje à vocês, queridos amigos, leitores, anônimos
deste blog, é algo que se sente quando o coração transborda; acredito ser uma leitura para pessoas que
se sensibilizam pela dor, pela saudade, pelos maus entendimentos; mas, muito
mais que isso, essa é uma leitura para àqueles que acreditam no poder do amor,
na união, na felicidade, na dificuldade, e sempre, na esperança. Se você não
está preparado para isso, agradeço a sua participação até aqui... E FAÇA um Feliz Dia dos Pais... CELEBRE A
FAMÍLIA!
Meu pai sempre me amou...
Me amou quando deixava eu o maquiar (sim, ele passou por isso, e aprendi
a maquiar testando nele (risos)), me deixava pintar suas unhas, arrumar o cabelo
e tudo mais.
Me amava quando "brigava" comigo para me ensinar a dirigir e
eu não queria. “Perdão Veio, sua filhinha
não nasceu para essa função” (risos). Me amou todas as vezes em que
preferia ir para fazenda com ele do que ficar com a minha mãe; me amou
quando me permitia montar em um dos cavalos mais bravos que havia na fazenda “cacique”,
e eu... me sentia uma verdadeira pessoa adulta (risos).
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiOQILWJ9MlsReS0wp3Vn-qQ1xj6vtG2plI81JRnckV6ynYsbjxiWzlAMUgApZAMvpw38kxwCQjSPyaus3BeoiHLFWE3Ivs94VB8VSwR5wwBXcPTciBn1IHCZTx8L8eNG4tkZF9_QLQ3I/s200/391644_240952566033808_1876109842_n.jpg)
Me amou orgulhosamente quando eu escrevi pela primeira vez o nome do carro “FIAT”, (lembro-me como se fosse ontem, nós no sofá, eu sentada em seu colo, riscando uns papeis, e de repente te mostro escrito FIAT, você mais do que depressa pegou o papel e foi mostrar para minha mãe, como se fosse a maior conquista daquele dia. “Talvez para vocês não tenham sido nada a mais do que “ela está aprendendo a escrever”, mas a atitude de amar o que eu estava fazendo, me fez entender que eu posso ser amada de diversas formas em seus mais variados sentidos”.
Minha mãe também me amou, não da mesma forma, ou com maior ou menor
intensidade; mas sim, de uma MANEIRA ÚNICA!!!
Ela me amou desde os meus primeiros minutos, a cada chute em sua barriga
ela me amou.
Ela me amou em cada peça de louça que ela tanto estimava, e que ia para
o chão em segundos perto de mim (risos).
Me amou pacientemente por cada vez em que fiz xixi na calcinha na
"escolinha".
Me amou em cada vez que eu "mordia" a amiguinha da escolinha,
que por sinal era a minha MELHOR amiga (risos).
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTT5vgqVja5dbOt1H5ej1YFBicRqqoVzoFVxfP9qljHgajFLYdwB3m7jqegWPfJoA47m4M00RujbYdMDl1P6nG9an5BV-uQStC8MHQTacccrGlLGi9GWJSdbbejwQIVTino45qGkkujHQ/s200/7.jpg)
"É tão bom
sair correndo respirando o puroAR,
Saltitando no
gramado ou no parque a pulAR,
Na verdade tudo é
lindo entre o céu e o mAR,
Se Deus fez esse
mundo por muito me amAR.
Fico olhando a
plantinha e começo a pensAR,
Como pode a sementinha
germinar e brotAR?
Não duvide um
segundo da existência de Deus,
Olhe bem a natureza
ela quer lhe provAR..."
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcfctN56uMRgpWzBsIj0vd2ve66BwCnZGLVncE7PwdoasPUCcoaDnYckdxBbFL9mo4lXgSjHOUQOo5dm6CblnXdbd8L81_HEhR3KuT5Y1iB_88ymt-zlxVp8cWudwas0PRSps_yuKVJxw/s200/PQAAAIomaAwAXiGAlm-4IwGn9O0sy1hjsEOQgBt6i6IV0FkckoAC6_mLbv8rTtV8XO0lqUvfkYB9dP0sIV-eSWXDjIAAm1T1ULHTtORFhCyeDH83vPz0oSzLCMM3.jpg)
E com os anos que se passam... agente cresce, e vamos concluindo ciclos para que uma nova fase possa se iniciar... assim, a etapa "moro com
os papais" se fechou, e com ele veio o amor, não maior, mas
APRENDIDO sempre nos detalhes onde fazem toda a diferença.
Talvez muita gente não saiba, mas eu já tenho uma vida "fora de
casa" há 10 anos, e moro sozinha há
8. Em todos esses anos cresci de uma maneira única. Na verdade, acho incrível
pais que entendem a necessidade de "por seus filhos para fora de casa cedo”,
por mais que doa, é importantíssimo para o desenvolvimento desses jovens. (Nesse
ponto, confesso que admiro muito os americanos, pois assim que seus jovens completam
18 anos, todos já sabem que é “hora” de arrumar as malas, sair de casa, fazer
faculdade e de "se bancar").
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB0iAt9Y831_EN9q1AMOc4cHGlfhUrRtHX42FJZWoiyNFI2ERI8rtEvh5J1QVzxTiD3OflG6TNjNChwdyaV_Daic2Bcf11rtPMWU08QVd-olCXq4OADXk4QekfzBNbye0GOQTug1_etVc/s200/2013-10-05+20.19.57.jpg)
Entretanto, a paz de espírito de chegar em casa e se ver sozinha, te
traz a liberdade que o meu eu sempre procurou, e acredito que vários
"eu" por aí também andam à procura de tal encontro.
Porém, diante de todo esse enriquecimento e crescimento pessoal, as
experiências vivenciadas, vem o
choro, a saudade... E, aí você começa a
entender que existem diversas formas de amar.
Meus pais me amaram muito desde o dia em que com muita dor no coração me
deixaram partir de casa para estudar na cidade vizinha, correndo riscos na
estrada todos os dias, e outros "perigos", que na situação, eles não
pudessem me acolher e proteger.
Me amaram ainda muito mais, quando chegou o momento da decisão de me
deixar morar sozinha em uma outra cidade, um pouco ainda mais longe, para
estudar. Uma cidade muito maior compara com a que eu morava, onde eu estaria longe
pelo menos durante toda a semana. Muito eles me esconderam, mas eu sei que
se não nos olhos, no coração, todos os dias uma lágrima era derramada por eles
pela falta de "me ter".
Meu pai me amou muito durante todo um ano (o primeiro ano morando fora
de casa), me buscando TODOS os finais de semana.
Me amava, a cada domingo em que chegava para me trazer de volta às 02:00 da manhã e virava as costas e voltava embora, pois, no outro dia
bem cedo teria seus compromissos.
No início, onde eu morava, não havia elevador, meu pai meu amava a cada
final de semana que me buscava, e com um
sorriso enorme no rosto sempre, "carregava" minhas mil e uma malas (quem me conhece sabe
que eu sou a "Rainha das malas", risos). Ele NUNCA reclamou, sempre com a maior
boa vontade colocava tudo dentro do carro e o arrumava da melhor maneira, para
que eu viajasse o mais confortável possível.
Minha mãe me amou todas as vezes em que liguei chorando por nada, só
precisava dela. Ela me amava, largava TUDO e ficava o tempo que fosse preciso
comigo. Não tinha nada demais, às vezes, era só para contar como minhas amigas
"novas" do cursinho eram legais, e comer uma pizza (muitas vezes ela
brincava: "acho que era fome" - risos).
Eles continuaram me amando quando chegou a hora de "montar" a
"minha casa"; mais uma vez eles não me contaram, mas eu sei o quanto
eles devem ter chorado dentro do meu quarto vazio em casa, vendo que não havia
mais meu naquele lugar; talvez o meu cheiro na blusa da minha mãe que eu
havia usado, mas nada mais meu havia ali. E, eles me amaram; Porque doeu. Doeu,
doía e dói em mim olhar para o quarto que não é mais meu. Me amaram tanto a ponto
de não demonstrar essa mesma dor que eu sentia, senti e sinto. Não
interprete como: ela quer o quarto de volta (risos), jamais. Mas, entendam
como:
“Eles me amaram em ter tal atitude”.
Meu pai
me amou em cada madrugada, 02:00, 03:00, 04:00 da manhã, eu simplesmente precisava dele. Me amou em cada
lágrima que derramei ao telefone, e em
pouquíssimo tempo estava lá comigo, muitas vezes só para me abraçar (e talvez era só isso mesmo que eu precisava no
momento). Em outros momentos, me amou, só para me "tirar de dentro de
casa" e levar para "dar uma volta na cidade" (minha mãe
brincava: "acho que era vontade de andar de carro", risos). Mas era o
meu momento com ele. E, ele simplesmente me amou.
Eles me
amaram muito, muito, muito mais quando situações se complicaram e eu entrava em
"crise" por causa de uma prova, e mais uma vez estavam eles estavam
lá, na madrugada, às vezes sem dizer nada só me amando, outras vezes só me
apoiando, mas NUNCA falando que eu era incapaz ou que o problema estava em mim
ou qualquer outra coisa que me desanimasse. Posso dizer que SEMPRE fiz o que EU
QUIS, não porque "fui mimada", mas porque eles SEMPRE me APOIARAM em
TUDO o que eu QUIS FAZER.
A idade
passa, mas eles ainda perguntam, já comeu, tá frio, calor, se cuida, tá
precisando de alguma coisa, foi ao mercado, qualquer coisa liga, tem algo que
você gostaria de falar com o “papaizinho”, pode falar... me orgulho pela sua
garra de querer ser uma médica, mas se você quisesse ser qualquer outra coisa,
eu te amaria da mesma maneira, e você seria a minha filhinha sempre.
Talvez eu
nunca entenda de fato o que é o amor, por ser tão complexo e ter suas mais
diversas formas de acontecer. Mas, de uma coisa eu sei, eles me amam, e mesmo eu
sendo tão orgulhosa (quando o assunto é sentimento), sendo como sou, tento a
minha maneira amá-los pelo menos 1% da maneira que eles me amam.
E por
que falei tanto sobre tantas coisas? Porque a vida passa, e devemos
desconstruir a imagem que as pessoas/famílias são tão diferentes de nós, todos
temos nossas dores e felicidades, e é assim que tem que ser.
"É o ciclo da vida, cheio de fases ... e,
acredito que a fase mais linda é àquela em que se aprende a amar o amor".
FELIZ DIA DOS PAIS, VEIO
Com muito amor, sempre .. Lu, àquela de Ana, sabe?! Beijinhos.
|
ME ENCONTRE:
Instagram: luanapenasso
Snapchat: lupenasso
Twitter: @luanapenasso
Facebook: Luana Luchtenberg Penasso
E-mail: luana_penasso@hotmail.com